Bernardo, um homem diferente dos outros. Cansou-se das pessoas, do superficial e da hipocrisia das pessoas. Não é fácil viver nesse século, tem que ser muito forte.
O suficiente, para aguentar as dores da vida e toda a chicotada das pessoas, de suas palavras e gestos sem valor algum. Ele olhava pela janela de seu condomínio, o qual, tinha-lhe pagar quase seu salario inteiro, por segurança, por conforto, com alguém superficial, que por sua vez, tornou-se a sociedade.
Eu o conheci, num café da minha livraria preferida, onde eu costumo inclusive, ficar horas e horas vagando pelas pilhas de livros, meu refugio.
Não foi por acaso, quando ouvi seu sotaque, era Italiano. Me pediu ajuda, era novo na cidade. Veio inclusive, em busca de sua espiritualidade. Me contou um pouco de sua historia, quando há 3 meses pegou o primeiro voo para São Paulo, foi um sorteio onde colocou em uma caixa, todos os destino que ele queria morar e visitar antes de morrer, São Paulo foi a escolhida.
" Meu senhor,
help me nessa nova jornada,
Brasil, oh Brasil!
Terra das palmeiras onde canta o sabiá.
Escutei essa frase, no aeroporto.
Duas meninas, jovens e lindas
recitavam esse poema.
Não entendi muitas palavras,
estou tendo dificuldade com o Português"
Ficamos conversando, por horas e horas.
Eu lhe fiz muitas perguntas, como uma jornalista. Bom, é a minha profissão. Só que, mais do que isso, suas historias me deixaram curiosa. Perdi a noção do tempo, eu estava apaixonada, pela sua alma.
Confesso, não me apaixono tão fácil. Inclusive, eu tinha me esquecido como era isso. Cavalheiro, gentil, perfumado e seus olhos, ah os seus olhos.
continue...
Jacqueline Moraes
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