sábado, dezembro 29, 2012

Mudanças e Recomeços

    E chega aquela época do ano, que você para pensar em tudo que aconteçeu durante esses 364( ainda faltam 2 e foi ano bixesto). E isso significa que um novo ano está por vir. Não sei vocês, mas todo esse clima natalino me faz refletir bastante sobre como agi durante o ano e como espero ser no próximo. É tempo de mudanças, tempo de parar para pensar em tudo de bom e ruim que 2012 nos proporcionou e criar metas afim de tentar fazer com que o próximo seja surpreendente. Mas que tal surpreender-se a cada dia ao invés de pedir que 2013 te surpreenda? Até as mais simples ações geram grandes resultados.
     Apaixone-se primeiramente pela pessoa que mais vale a pena no mundo, a única que não te fará sofrer: você mesmo. É, e como eu não me canso de repetir: antes de nos apaixonarmos por alguém devemos estar bem conosco.    
     Confie em você, pois a confiança é o principal item para que as coisas em nossas vidas deem certo. Tenha fé, acredite em seu potencial e pronto, você tem tudo para ir além.
    Desapegue. Não vale a pena procurar quem não se importa com você. Esqueça essa de correr atrás de quem não te merece. O destino as vezes pode parecer cruel, mas se ele está longe, é assim que tem que ser. Não gaste seu precioso tempo com quem só quer um momento de diversão com você. É difícil, eu sei, mas uma hora você aprende. Nós aprendemos.
    Mude, mas comece de dentro. Faça uma reforma no seu coração e varra dele todas as cicatrizes que não se curaram da outra vez. Conheça novas músicas, lugares e pessoas. Crie novos hábitos. Deixe o que te atrapalha para trás, mude de caminho, siga a felicidade. Sonhe e faça de tudo para que o que deseja se concretize.
    Recomece. Tente algo. Insista. Insista outra vez. Encare os obstáculos. Não desista tão facilmente. Acredite que você é capaz, porque você é. Não jogue suas esperanças para o alto. E o mais importante, lembre-se de que o ano que se inicia trás consigo 365 novas chances de recomeçar.   
                                                                                                 Jacqueline Moraes

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Pensamentos

                               

   Wake up, atrasada e perdendo a hora. Pulei da cama de uma forma que nem eu vi direito, a trilha sonora ao acordar foi Angra. Ouvir musica ao me despertar, me da mais energia que tenho. 
   Novamente fazendo as malas, vontade de levar tudo que tenho, e ate mesmo o que esta para ser criado - keep the calm jackie, você não vai para um desfile - ainda, e são apenas quatro dias.
   Na estação, e em qualquer lugar eu ainda me incomodo como as pessoas me olham e me encaram em relação ao meu estilo, não é fácil viver no interior quando você aprecia quem tem seu próprio estilo, bom foda-se.
   Retorno, como na primeira semana de julho, quando a sensação ainda era de euforia e desaparecer  sim dele.  
   Quando o celular ficava desligado e facebook blokiado, eu so queria refletir e me acalmar. Engraçado é pensar que, há cinco meses e tres semanas atras, eu estava perdida com o mesmo sonho em mente. Sem coragem de cortar e pintar o cabelo o qual sempre desejei, afinal eu era ruiva com o dobro do comprimento, e o cabide.
   Ao pegar a mala, so conseguia lembrar de lembranças passadas, quando passava todas as segundas durante 8 meses, e eu aqui na rodoviária esperando o embarque para Limeira, interior oeste de São Paulo - sentimento de independência  saudades e expectativas.   
    E agora, aqui estou. Com a mala, um pouco menor como de costume sobre meus pés, roupa já suja com o sorvete de chocolate que me custou milhas de centavos e reaism que dava para comprar um lanche do estrela(lanchonete famosinha da minha cidade, que da 5 vezes maior que do Mc) - como faturam em locais assim - sabor chocolate, o qual eu sempre odiei minha vida inteira, ate pensar a me desapegar de coisas sem sentido, e multiplicar minhas ideias (pensando bem, o termino de um romance, tem la suas vantagens). Minha Heineken fone, sobre o bolso direito, olhando na janela - o horizonte, na poltrona 7, sempre pensei que fosse meu numero da sorte, mas ainda acho que talvez seje numero 8.
   Meus pensamentos, vão alem a todo instante. Porem, agora é de mais confiança e de certeza.Sem querer, me vem a tona sobre como era minha cabeça e experiencias, quando comecei a embarcar no inverno do ano passado, ao mesmo digo para o ultimo deste ano.
   Não é coincidência, que minha vida, sempre da uma repaginada nessas épocas do ano. É estranho, o Natal é hoje (estou desapontada comigo mesma, pois não escrevi algo muito importante sobre essa data), e do lado de fora do ônibus  o brilha como diamante e queima como fogo, pessoas de roupa curta e chinelo, creio que todos adorariam estar na praia agora e curtir todo aquele auvará de pessoas tumultuadas. Viro de um lado para o outro, vejo decorações natalinas e grande maioria representando o oposto do pais tropical, com neves e goros. Brasil?? E com isso, so consigo pensar no proximo ano, estarei sentindo o gostinho da neve caindo e não me sentindo um picolé derretido, de casaco e luvas e não de short e chinelo. Estarei pensando se meus amigos e familiares receberam minhas correspondências a tempo.
   E como eu disse, pois é inverno do próximo ano, outras mudanças tão radicais quanto, porém será verão e vou ter que mudar esse meu conceito.
   Costumo escrever sem proposito nenhum, escrevo para desabafar, so assim para botar tudo que sinto. Estou borbulhando de reflexão e sonhos, nada aconteçe por acaso, seja nas nossas atitudes ou de pessoas que saem e entram com algum proposito, em nossas vidas. Não tenho medo, tudo que aconteçeu que esta e que vai aconteçer, tem um unico motivo, feche seus olhos e respire fundo, você sabera do que estou querendo dizer.
Com os fones no ouvido, sincronizado na minha radio vicio do monento, 89.1 radio rock; vou deixar meus pensamentos fluirem, seja no ritmo do som ou no meu coração. 
                                                                                                               Jacqueline Moraes

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Dicas rápidas para transformar o seu quarto



Se hoje você acordou e não se sentiu descansado(a), relaxado(a) ou à vontade, tente implantar essas dicas rápidas para uma qualidade de vida melhor.
- Tire a TV do quarto, pois toda forma de eletricidade influencia
- Tire a roupa suja jogada no chão ou pendurada em qualquer lugar e deixe no lugar apropriado, como o cesto no banheiro ou na área de serviço
- Arrume a cama pela manhã, dando um ar de organização instantânea
- Perfume o ambiente com velas aromatizadas
- Deixe um copo de água ao lado da cama para tomar caso sinta sede à noite ou quando acordar
- Use roupas de cama macias, de tecidos naturais
- Diminua os ruídos ao máximo (desligue ventilador, tire relógio com tic-tac do quarto etc)
- Durma com meias nos pés, se estiver frio
- Verifique se o seu travesseiro é o ideal, assim como seu colchão
- Diminua a iluminação, deixando somente uma forma de luz indireta à noite (um abajour, por exemplo)
- Coloque alguma forma de arte para você olhar todos os dias quando acordar
- Coloque um vaso com flores frescas uma vez por semana, para refrescar instantaneamente o ambiente
- Considere um tapete macio para receber seus pés ao levantar da cama.
fonte: http://vidaorganizada.com

domingo, dezembro 16, 2012

Sobre o guardanapo

    Final de tarde, do lado de fora da janela, a chuva com cheiro de ácido por conta da poluição, escorre pelos vidros, de metal? é, e um pouco suja também. Sobre a mesa redonda, branca e encardida, la estava eu, com os pé na cadeira, quando sorri ao ver que ainda me restavam 20 minutos, do horário que tenho para descansar do trabalho.
    Enfim sozinha, fechei a porta e olhei para esquerda, após terminar meu lanche gorduroso e calórico do Mc ( aonde eu estou com a cabeça de comer essas tranquera?),  pois bem, olhei para esquerda: - Uma caneta na pia? Eba!. "meu pensamento, pulando da cadeira (ta, eu não pulei, apenas levantei quase morrendo, meus músculos não estão raciocinando direito, estou cansada)". Dai me perguntei : - Por qual motivo, razão e circunstância tinha uma caneta da pia do refeitório? bom não importa,sem muita lógica, olhei para a direita, guardanapos estavam sobre a mesa, provavelmente alguém comprou aqueles x salada do 5º andar, sobrou e largou. Peguei um, dois e tres deles, conforme a caneta se deslizava.
   Não costumo escrever em coisas do tipo, mas chegou a hora de me desapegar do meu bloco de notas do celular, afinal não existe momento certo ou meios para, simplesmente deixar seu pensamento ir além do limite, na escrita.
    Gostaria de escrever um romance, uma aventura, uma ficção. Mas será em outros post's, minha hora ja deu. Vou me retirar, guardar tudo isso no bolso do jeans, porém meus pensamentos estão longe, além do limite.
                                                                                                      Jacqueline Moraes

                                    


sábado, dezembro 15, 2012

Nada foi em vão

Ha alguns dias, eu esta sentindo uma coisa estranha, algo abafado aqui dentro - possui coisas fora do lugar- antes mesmo daquela prova, ta que após resultado nasceu mais forte. Podia sentir uma nuvem de cor diferente, não sei dizer  a qual, era uma mistura de sentimentos sem explicação, e eu pensei que fosse sobre minhas atitudes durante nesses três últimos meses.
    Talvez foi, porem apenas esses dois últimos  gostaria mesmo, de poder dizer tudo que tenho aqui dentro bem no fundinho, sobre o que eu senti naquela noite,  mas tenho medo. Não quero  aconteça novamente, tudo sempre acaba, e dessa vez com meses contados. Aquela carta que você me enviou, me machucou demais, ate chorei - difícil eu chorar hoje em dia, depois de tantas punhala-das, sabe me machucou mesmo, pelo fato de você pensar aquelas coisas sobre mim, que não são verdades. 
     Sabe, eu ainda lembro: era o penúltimo dia de setembro. E estávamos la, naquela balada, a qual nunca pensei em ir, longe da minha cidade só eu , você e minha melhor amiga. No outro dia, ou melhor no mesmo apenas umas 14 horas depois, quando ja era de tarde, um pouco mais longe de São Paulo, estávamos la, debaixo da arvore, um sol escaldante, mas, nada disso me importava afinal tudo estava sendo magico.
     Você falando de suas frustrações  e eu do meu ultimo romance. E cada sorriso, cada gesto de entendimento, foi me movendo, a você  Ainda lembro de tudo isso, eu não mudei. Apenas, eu percebo que a cada dia que passa, eu estou ficando mais forte. E não me importo com coisas tão banais, status. Esse sentimento também sinto que tem algo fora do lugar, ainda continua tenso dentro de mim - através do messenger do face,  acabo de ler um " boa noite linda, amo você“,  e sim, digitando esse texto. E como eu queria que você estivesse aqui agora., e não apenas usando o seu pijama colorido: camisa branca com uns desenhos estranho e short azul marinho desbotado(adoro).
     Meus dias estão corridos, tudo muito cansativo. Eu disse que iria pensar sobre tudo, mas acho que preciso de um tempo, meu coração pede isso, não quero ilusões  não quero ter apenas momentos felizes, apenas momentos. Desejo algo a mais, com a alma. Desculpe, se eu me deixei me mover, desde o penúltimo dia de setembro, só saiba eu não faco nada para machucar alguém  ainda mais quando envolve os sentimentos.
   E , vamos dançar novamente?      

                                                                                                     Jacqueline Moraes
 
sábado, dezembro 15, 2012

Apenas esquecer.


                     

    Sabe quando você sente que precisa escrever, mas não escreve porque tem medo de sentir? Isso que anda acontecendo.

    Sem saber o motivo, ta eu sei, ele; eles e todas as pessoas que me circulam.
    No fundo, talvez, eu ainda gostaria de sair todas as noites, e ter os finais de semanas disputados, pensando com quem eu iria sair e ate mesmo me organizar com todos no mesmo dia. Isso me faz, parar de pesar sobre coisas que não devo pensar, ou me torturar. E quando estou com meus amigos, eles me fazem me sentir melhor e não pensar mais no que ficou para trás, ou o que vai acontecer nos próximos dias e meses.
    Atravesso diariamente a rua, mas queria mesmo era atravessar o continente. Enfrento semanalmente um antigo medo, mas queria mesmo era enfrentar de vez aquela barreira q criamos na ultima vez que nos vimos. 
    Vou me afastar um pouco, não vou ligar meu computador para ficar no facebook, e também não vou me preocupar em responder meus amigos no messenger. Que mentira, o dia que eu realmente fizer isso, venham ate em casa, eu to mal pra cacete.
   To com vontade, de me dedicar a mim, com boas leituras (andei gastando meu ultimo salario em livros, claro: alem de fast food}, to com vontade de chegar em casa, todas as noite apos o trabalho, passar meu hidratante e relaxar na minha cama. E claro, exclusivamente de me arrumar como nunca, e ir comprar algumas coisas que preciso, e outras que não, também.
    So de alguns dias, preciso esquecer, o que foi remoído no meu coração.
    Talvez isso, que esteje fora do lugar.
                                                                                         Jacqueline Moraes

Um futuro

    Posso parecer durona, que xinga e humilha todos os imbecis que mechem comigo na rua. Posso dizer que não ligo para romances, que não acredito mais e ainda dizer que quero viajar ao mundo e ser livre, como nunca fui.
    Mas no fundo, bem no fundo mesmo, sonho em me casar, fazer uma festa como se fosse uma balada anos 50/60, sonho também em ter pelo menos três filhos, e me estressar pelas bagunças e brigas entre si como toda criança faz; no meio do expediente atender a ligação de alguns deles dizendo "te amo mamãe , ou que só precisam de um simples colo ou conselho. De voltar cansada do trabalho, e mesmo assim fazer o prato preferido do meu marido. De dizer e pensar ate dez, ao ver toda aquela zona, ou berrar ao ver o cachorro em cima do sofá comendo meus sapatos.
    Ninguem nem sequer, imagina que eu penso sobre isso, pois é são coisas que prefiro guarda para mim, ate chegar o momento certo, daqui uns anos.
    Eu tenho motivos de sobra, para pensar o contrario, mas acredito que cada um que faz sua historia, e educação e valores, infelizmente vem de casa, se você ensinar o certo e não ser uma pessoa louca, o melhor que você pode fazer vai ser refletido, neles.
    Quero realizar outros sonhos primeiro, amadurecer, aprender mais ainda em controlar minhas emoções.
    Porem, não tenho a minima presa, porque sei q Deus sabe o momento certo, e que la eu vou me tornar a melhor mãe e esposa (do mundo para eles).
    Amiga, companheira e confidente, mas sem perder esse espirito esportivo e sonhadora.
   Quero ter o que não tive, uma família unida, todos em volta da mesa no final da noite, chegar no natal e ver as crianças disputando quem vai ganhar a caixa maior de presente. E rir de tudo isso, e lembrar la no passado, que tudo fico pra tras, e toda dor e sofrimento, só me ajudou a ser a mulher que nem eu esperava ser.
                                                                                                        Jacqueline Moraes

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Amor de timeline

 
    O casal beijava com estalos: smaaack! E se agarrava muito na frente de todo mundo. Eu tinha uns dez anos quando vi a cena e comentei com minha mãe mo quanto eles eram apaixonados. " Que nada", ela respondeu. Fiquei indignada! Como ela poderia desconfiar do amor de duas pessoas que demostravam tanto carinho? "Ah, minha filha, ja vivi o bastante para saber que isso não vai durar". Meses depois, o casamento dos beijoqueiros acabou.
    E, finalmente entendi o que ela quis dizer com: " Quando um casal é realmente intimo, ele se entende só de olhar e as pessoas em volta mal percebem". Um sabe o que o outro esta pensando. São capazes ate de fazer perguntas entre si, dar respostas e se provocar - sem usar palavras. É  que a proximidade de um casal é construida durante muitas conversas " em particular". De vez em quando, me lembro das palavras ao ver casais no Facebook trocando mensagens de amor (publicas!) diariamente. Fotos de línguas se unindo..."delicinha" pra cá, "Gostosuscho" pra lá...Tudo em publico, para receber os devidos comentários e curtidas dos amigos.
    Ah, quem nunca fez algo parecido  Um vez ou outra, tudo bem, o amor é mesmo cafona. E se cafona pode ser bem divertido. Mas, quando a necessidade de demostrar amor pelo namorado vira um hábito repetido em publico varias vezes ao dia, cansa todo mundo: os amigos da timeline e, ás vezes, o próprio namorado. Para mim, fazer muito estardalhaço do amor que sente, na maioria das vezes, parece desespero. Desespero em convencer a si mesmo, ao seu parceiro e aos outros de que todo esse afeto é mesmo real.
    O amor, para crescer e amadurecer, precisa de mensagens pelos inboxs do mundo, de bilhetes, telefonemas, conversas ao pé do ouvido. Segredos! Aqueles só dos dois e que ninguém nem iria se interessar em saber. Brincadeiras, historias vividas offline. Nos tempos em que tudo é anunciado em alto e bom som, a intimidade silenciosa esta anda mais linda.
                                                                                                 Jacqueline Moraes

Movie: Into the Wild


Sabe aquele filme que, depois do final, te deixa sentado no sofá por alguns minutos, em silêncio? Para mim, Into The Wild é um desses casos!! É um filme sem grandes mistérios, não tem ação, suspense ou um grande romance. Alguns devem odiar e outros adorar e eu AMEI! Já assisti há um tempo e vivo lembrando de várias frases e ensinamentos do personagem principal, o Alexander Supertramp! 
É um filme, que me desperta uma grande decisão. A decisão que se mover, sem medo. é disso que se ve no filme. Trila sonora: Pearl Jam *__*
Afinal: Ate que ponto você iria, para realizar aquilo que o seu coração esta ardendo para fazer?




 Happiness only real when shared.

…rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth.(sobre o que os pais deveriam dar a seus filhos)


And I also know how important it is in life not necessarily to be strong but to feel strong. To measure yourself at least once. To find yourself at least once in the most ancient of human conditions. Facing the blind death stone alone, with nothing to help you but your hands and your own head.


Think careers are a 20th century invention and I don't want one.




quarta-feira, dezembro 05, 2012

A vida me ensinou


    As pessoas vagamente me olham e me perguntam. "Porque você ainda não entrou na faculdade?, a minha vontade é de dizer, " você vai pagar?". Mas eu mantenho a calma, e simplesmente digo que ainda não chegou meu momento, e sinto que nem faculdade irei fazer.
    É normal de todo adolescente quando esta para terminar o Ensino Médio, se sinta perdido. Afinal estávamos em baixo da asa dos nossos pais, e a maioria dependendo completamente de tudo.
Eu por um momento pensei em fazer pro uni e toda aquelas coisas, mas não iria prestar Moda, se for para mim me formar no curso dos meus sonhos, será para ser a melhor me focar completamente, mas não eu ia fazer Turismo.
    Nada planejado se concretizou, no fim comecei a fazer curso técnico de moda, foi bom? foi maravilhoso, um ano de mega correria, indo e vindo de Mogi a São Paulo.Me realizei. As vezes eu só pensava, mas sem sentir -" Como eu aguento esse muco - vuco todo santo dia?" - percebi que quando você gosta de uma coisa mais que qualquer coisa, não importa quantas milhares de pessoas de empurram na estacão de trem, ou quando quase te pisoteiam na estacão do Brás para pegar o metro sentido Barra Funda, ou o pior, fazer transferência na estacão de guainazes - puta de uma palhaçada, vou te falar viu.
    Deus é incrível  nos caminha certinho para tudo que deve ser, no fim terminei meu curso em um ano, e começei na mesma semana trabalhar na Agencia de modelo. Modelo? não nunca foi meu propósito. Eu comecei de pequeno, como caça talentos em um mês fui promovida como Produtora. Acho que me dediquei exclusivamente para isso, não consigo pensar pequeno, se eu começar pensar pequeno, chame a polícia e os bombeiros que eu não estou bem.
    Trabalhei que nem uma camela sem ver, afinal para se bater meta em muito pouco tempo, meta minha. Eu amava aquilo, o ar de correria e pensar que você mesmo faz seu salario com seu esforço sem pensar o quanto o governo vai te tirar no final do mês  incrível. Meses depois, tive que me mudar para outra cidade, Limeira, é foi algo extremamente difícil, eu namorava. Não importa, eu bati o pé "eu vou, você querendo ou não, a não ser que você me reembolse uma boa grana no final do mês"- pensei e acho que falei isso também  não me lembro, fiz questão de deletar esse episódio de discussão.
    Mas também eu acho que fui louca o bastante, para dizer para todos que em 4 dias eu simplesmente iria me mudar de cidade, e morar "quase sozinha". Foi a melhor e pior decisão que tomei, pior por causa da agonia de estar sozinha, sem amigos para sair e as pessoas que amava e amo longe de mim, e o lado ótimo é a indepencia, viajar toda semana para longe apenas com uma mala e com o coração apertado sobre a decisão. O lado bom, de você notar que independente o quão longe você esteja, o melhor é correr atrás dos seus objetivos e sonhos. Mesmo que não foi tanto assim, mas meu coração gritou para mim ir, acho que isso tinha um propósito, e tinha mesmo.
     Mas costumo acreditar que tudo que é bom, acaba. Fui promovida como gerente, fiquei mega feliz, uma grande responsabilidade inclusive, mas infelizmente bancar com todas as despesas de uma cidade rica como Limeira, não era meus planos, berando aos 6 meses mudei para a agência de Piracicaba. Não era a mesma coisa, o trabalho mais arduo, tudo longe e as "pessoas", como tem gente invejosa nesse campo. Não deu mais, tinha me esgotado completamente e  em oito meses, volto para Mogi, ou melhor uma semana depois que fui parar no Nordeste, não quero falar muito desse episodio. Mas voltei mesmo definitivamente para minha cidade natal, voltei com aquela sensação de missão comprida, voltei outra pessoa, e vi que essa small city, não e não! Não é minha vida, o mundo é mais, vim como uma outra visão sobre as coisas, mais madura, concertea. As pessoas mal me reconheceram  quando você sai da zona de conforto e simplesmente se Vira para tudo Sozinha aos 19 anos, você muda, sua mente abre e não se questiona tanto mais sobre as dificuldades.
    Consegui dois empregos dos meus" sonhos" da época, não tenho o que reclamar, ao mesmo tempo a vida me deu uma boa de uma lição, uma lição muito rápida inclusive.
    De repente um baque, aquele romance desde os 17 tinha se acabado, puft, e vou la eu, pela terceira vez em meio ano recomeçar completamente.
    E dai me pergunto, será que se eu tivesse entrado na faculdade, eu teria toda essa bagagem de conhecimento?  Não, mas não mesmo. Eu ainda seria aquela menina bonitinha e fofa, sem saber muito sobre a vida, e com medo e pensando o que seria de mim quando terminasse a faculdade.
    E uma das minhas mais árduas experiências, e ao mesmo tempo das mais belas, as mais frustante em toda minha vida, 2012 foi o ano de auto conhecimento, por completo.
    Foi tomada a decisão: Viajar pelo mundo, independente como e onde e porque.
    Tudo se liga, é isso que vou fazer da minha vida, não estou me importando quando vou me formar na faculdade e ter um diploma, não estou me importando quando vou me casar e ter filhos, não estou me importando sobre o que minha família pensa, não estou me importando em mais nada, esse é meu sonho e o mais forte de tudo, desde infância e que demorou pra mim descobrir.
    Um dia eu voltarei a ter uma vida Normal como a sociedade impõe, e sim concerteza, mas não agora. Meu passaporte vence em 2017, quem sabe logo depois disso? não sei, cansei de fazer planos, todos os meus nunca deram certo, nunca dão certo por que a vida lhe encaminha o que é melhor. Mas Mogi, não é minha cidade, desculpa.
    Quanta turbulência, mas a partir de agora só quero pensar em aviões, navios, bicicletas e mochilas nas costas.
    Vou fazer do meu filme, o meu e não oque as pessoas dizem o que é certo ou errado.
    Quem ama, entende isso.
                                                                                                   Jacqueline Moraes

Apenas 2 minutos

    Preciso escrever, tenho tanta coisa a dizer. Tantas coisas que aconteceram  esse meu livro que não sai apenas de algumas paginas, ou paginas são escritas em aletorio, sim preciso botar tudo em ordem e a cabeça no lugar também sobre muitas coisas. São 3:43 a.m., e não consigo dormir. 
    Gostaria mesmo que você estivesse aqui me dizendo qual seria a melhor maneira de encarar isso, gostaria mesmo de sair da frente do computador e fazer algo para me distrair. Pena que não tem balada de rock as terças- feira. Pois bem, não era disso que eu precisava mesmo.
    Acho que eu preciso dormir, e essa minha fascinação por escrever continua, estou gostando.
    São apenas dois minutos para digitar, nada pode ficar em branco.
    E não vou lhe prometer, mas digo que vou tentar descrever o que me perguntou no Domingo.
    A real, essa foto descreve como eu queria estar agora.

                                                                                                                 Jacqueline Moraes





terça-feira, dezembro 04, 2012

Somente um desabafo

    Ha mais ou menos umas duas semanas, parei de sair tanto como antes, parei de frequentar a academia todos os dias e pelo menos uma vez por semana eu falto na aula de natação. Parei ate mesmo com minha ironia de regime e ser saudável. Estão sendo as semanas mais punk da (correria), preenchimento do meu App, alguns dias atrás andei breando umas 4  horas numa quarta feira de 35 graus, na cidade inteira correndo atras de autenticações de documentos e exames médicos.
    Os favoritos do meu computador, agora possui inúmeros blogs de brasileiras que for para os Estados Unidos como obvio - Au Pairs, algumas publicam semanalmente ainda.
    Os momentos que tiro para relaxar é na madrugada em casa ou na academia, mas mesmo assim eu não paro de pensar sobre tudo isso, talvez seja um grande defeito mas refletido como uma qualidade, de não querer deixar nada para depois, consequentemente tudo virar uma bola de lã. E a cada dia que passa, sinto como se eu  estivesse perdendo alguns dias de vida e outros que estou para começar uma outra completamente diferente, é um sentimento estranho, que eu gostaria mesmo de decifrar tudo isso.
    O que me deixado um pouco estranha ( não sei a palavra para descrever esse sentimento), é que sinto que estou sendo chata com as pessoas ao redor, pelo fato de ter saído do emprego, larga estudos e tudo mais, meu único (assunto, não necessariamente) esta sendo a minha ida, então sinto de verdade que todos estão cansados desse assunto, cansados mesmo de ver eu ansiosa  e de as vezes do nada eu sair falando em inglês  principalmente quando sai a galera e eu acabo meio alegre, ai nem o português eu lembro mais, e acabo concluindo tudo na base do inglês e falando sobre o mundo.
    Mas a cada decisão tomada, exige uma certa maturidade de si próprio  existe não apenas coragem mas como desapego total. O único desapego que não deve se manifestar, é o de si próprio.
    A ansiedade de voltar como missão cumprida também grita, assim como quando eu começo a cantar no meu quarto aos gritos de cantoras pop com o controle da tv  na mão; em pé em cima da cama. Para cada missão cumprida vou fazer uma tatoo, onde cada uma terá um grande significado, de desapego, de Aventura, aprendizado, amadurecimento, pessoas.
    E porque não fazer isso agora? aos 21 ja passei por coisas, que se encaixam nessas palavras. Sim passei por muita coisa, mas nada o suficiente para tamanho sacrifício  e não foram sonhos e muito menos que necessitaram tanto de mim mesma em todo processo. Ha três anos falo sobre a minha tatoo do cabide, antes era no pulso e agora resolvi que vai ser na nuca. Engraçado como nossos pensamentos mudam constantemente, eu jurava que só ia corta o cabelo( atual) quando eu terminasse a faculdade e a tatoo também  No fim, já cortei, já pintei e a tatoo acabaram sendo consequência pelo mesmo motivo.
Eu me coloco limites sobre minhas decisões constantes, e uma tatoo é algo que nunca mais vai sair do seu corpo, e só fazer por vontade ou rebeldia pra mim, ficaria meio vago. Quero que tenha um grande significado, como se fosse um certificado das mais pelas experiencias e sonhos da minha vida. Algo que vai me mudar como pessoa e deixar marcado no fundo da alma, e acho que não tenho motivo melhor para dizer que será em relação aos 4 continentes do Mundo. Não devo fazer na conclusão de todos meus sonhos, ate porque são muitos.
    Sou independente, sempre fui desde meus 6 anos, fui criada pro mundo. Fico ate que feliz por ouvir criticas sobre minhas decisões e não ligar para todas delas, ate gosto - querendo bem ou mal, isso me torna forte- gosto de coisas difíceis e obstáculos  Mas uma coisa é certo, nada disso eu consigo sozinha  meu amigos me ajudam. Uma pessoa em especial tem me mostrado a visão sobre isso, a estrada ou ate mesmo se sentir num jogo de guerra, sobre as gotas vindo a 45 graus de angulo sobre o parabrisa do carro, na dutra.

Serao paginas? Nao sei, mas precisava escrever.

                                                                                                               Jacqueline Moraes

sábado, dezembro 01, 2012

Ser Mochileiro


Mochileiro no alto de uma montanha fazendo o que os mochileiros mais gostam: apreciando a vista! E que vista, não? Mochileiro é aquele que viaja por aí não necessariamente com uma mochila nas costas - no caso dos mais preguiçosos, das mulheres vaidosas e dos que tem problemas de coluna, utilizando uma mala de rodinhas -, mas que sempre tem um orçamento mais baixo e não viaja por agências de turismo. Faz o seu próprio roteiro, compra as passagens, organiza tudo. Ajuda de terceiros, só antes, porque durante a viagem só o seguro pode salvar se algo der errado. O mochileiro é fácil de lidar. Aliás, não posso dizer por todos, mas pela maioria. São pessoas alegres, super bem dispostas e extremamente comunicativas, que, mesmo quando vão para um lugar onde não saibam falar um mísero "bom dia", conseguem se virar e manter o espírito do passeio. Com eles não tem tempo ruim, definitivamente. Podem estar fazendo 40 graus naquele sol de matar ou 10 negativos, que nada atrapalha. É claro, uma dor de barriga por causa da comida "exótica", um mal de altura ou nevascas podem acabar furando a programação. Mas mal de mochileiro é coisa rápida, é só aparecer algo incrível na programação que o problema é deixado de lado e a viagem volta a ser aproveitada. Podem estar em duplas, grupos ou "sozinhos". Sim, "sozinhos" entre aspas, porque mochileiro que é mochileiro sempre faz amizades pelo caminho e acaba tendo companhia em partes de seus trajetos. Aliás, mochileiro que é mochileiro nasce num país mas tem a alma de todos os outros, a alma do mundo. Os mochileiros buscam cultura, crescimento intelectual, amizades, histórias pra contar. São aqueles que conseguirão cativar a atenção dos seus netos quando forem contar o que viveram. Mochileiros se orgulham do que são. Sem luxo nem lixo, mas com muita paixão. Ser mochileiro é isso, viver de emoção!
                                                                                                         Jacqueline Moraes

High heels; voando na escrita.


    As vezes me sinto meio atrapalhada, nesses ônibus que tem duas portas. Dei o sinal, não estava muito apresentável para descer as 23h45 da noite, saltos alto(bem alto), uma leve saia preta - a qual foi minha criação- blusa de renda beje , combinando com um leve casaco e uma bolsa, não sei ao certo a cor dela um verde com amarelo ou beje. sei que é tudo junto. Quase perdi o ponto do ônibus  pois tinha parado em porta errada, ja estava meio alegre, bêbada - não sei ao certo- pois bem, dei um berro " motorista vai descer". Me senti aquele povinho que pega o ônibus todos os dias, nada contra claro, mas vou te falar que gente sem classe. 
    Correndo de hight hells( salto alto), a calçada dessa cidade não é muito confortável , me senti num verdadeiro filme americano onde a donzela corre de salto atras de alguma investigação secreta e ainda assim olhando pra trás para ver se não tem ninguém  Pode-se ser meio engraçado, enfim não faz nem meia hora que presenciei isso. 
    Não estou bebada, alias não sei como estou me sentindo, não bebi muito apenas um " sex on the beach", omg' odeio o nome dessa bebida, primeiro o "sex"e segundo mista com uma das maravilhas dos meu gosto pessoal, "beach" e isso não se combina. Gostaria mesmo de saber quem foi que inventou essa bebida  talvez um homem ou uma mulher, que estava literalmente brizando olhando para a maravilha da praia. 
    Ai e esse arrependimento de não ter comprado aquele hot dog da praça, mas minha preguiça de atravessar a rua falou mais alto, coisa feia. Agora me resta essa maça olhando para minha cara como se fosse a unica coisa do mundo, e eu aqui ouvindo uma musica romântica na radio rock, odeio musiquinhas românticas, dá a simples sensação que a vida não muda, que a vida não roda, que a vida é a mesma cosia linda. Mas a vida é linda sim, mas tem que ser com os pés no chão, Desculpa baby, mas hoje estou mais ciente de mim em relação a essas coisas.
    Drink a lot? isso não combina comigo, sou fraca para quaquer tipo de coisa, ate com agua eu fico bebada. Então ja da para ter noção, quem ler isso vai me achar meio maluca, não ligo, não ligo para que as pessoas falam ou pensam ao meu respeito  afinal a unica coisa que vamos levar dessa vida ao os sentimentos e o prazer de tudo que vive, assim que me sinto, sabe ja liguei tanto para coisas banais e sem sentido de serem discutidas , e hoje eu penso que a unica que importa nessa vida é ser feliz, independente de tudo temos que nós amar.
    Minha vontade é de escrever ao menos umas 15 paginas, dizem dos aconteçimento passados, tanta coisa divertida, engraçada e novas experiencias divinas, ainda irei falar sobre isso, mas não hoje. Fico aqui entao com minha critica de analize sobre a vida e principalmente as pessoas.
     #Nota do dia: estou extremamente arrependida de não ter falado com aquele Americano, Australiano que vi hoje, um olhando pro outra, mas sem falar um 'A', poque eu sou assim meu Deus? é uma atitude que tenho que tomar coragem, e botar my english course in pratic, i't's corretc? I don't no.
    Obrigada amigos pelo dia, e obrigada mais uma vez a todos que tem feito do meu dia, como se fosse o unico e mais inesquecivel. :)
                                                                                                  Jacqueline Moraes


terça-feira, novembro 27, 2012

    Quem foi que disse que homem não fosse sensível, esta totalmente enganado mais precisamente, enganada!
    Ao observa-los, conversar com eles, é bem visivel isso. Sua necessidade de se identificar com alguem para conseguir se abrir.
    Isso não é ruim,vejo como uma forma de confiança para poder se justificar sobre gostos, lugares e vontades.
    Alguns são tao faceis que saber, outros não tem muita cabeça para isso, assim como os playboyzinhos que eu realmente ja admito falar q sou lesbrica so para nao da muita moral.
    Bom melhor eu nao me expressar tanto sobre esse assunto, ate porque sera so mais um capitulo. 
                                                                                                              Jacqueline Moraes
                   

quarta-feira, novembro 21, 2012

A Decisão

Hello guys,
Como  começar esse post? 
Bom meu sonho sempre foi fazer um intercambio, pensava que seria um sonho impossivel, primeiro porque minha familia nunca deu tanto apoio pelas minhas loucuras, segundo porque eu sou dependente de mim mesma, e esse tipo de programa é caro.
Foi ai que uma colega que fez inglês na mesma escola que eu, tinha acabo de embarcar para o programa AU PAIR. Nunca tinha ouvido falar e começei a pesquisar, blogs, sites e ate mesmo videos. Na hora eu achei fantastico, claro tudo seu lado positivo e negativo, porem pensei q seria impossivel. Eu estava "noiva" e ja tinha pensado em largar tudo por essa loouca paixao, meus sonhos ja tinha pensado em fazer isso, inclusive ja tinha pensado ate mesmo mudar de curso na faculdade.
Mas, acabamos terminando e no mesmo dia eu estava tão nervosa que pensei e disse pra minha familia:  "- é agora, eu vou pros EUA e nada me prende aqui". ( julho)
No mesmo dia começei a pesquisar agencias e descobri que na minha cidade tinha a CI, e fui la conversar a moça nao explicou detalhes, eu ja sabia de tudo por que pesquisei  mas mesmo assim eu marquei o teste de ingles dois dias depois. E me surpreendi sem praticar a lingua por meados de 9 meses eu acertei 93%. Fiquei mega feliz, mas a agencia infelizmente não me deu suporte adequado e tavam meio que nem ai, não deram informações nem elas sabiam direito.
Em outubro conheçi então a " Experimento", fui la e gostei bastante e me deram todo suporte no mesmo dia Fechei. Minha decisão ja estava mais do que tomada, não ha nada quem me faça tirar isso da cabeça.
Como eu estava de aviso prévio ja imaginei que isso iria atrasar minha vida, quando acabou começei a correria, tirar passaporte, documentação e bla bla.
Se foi a melhor ou pior decisão da minha vida eu não sei, so sei que é isso que eu quero. Viver novas experiencias e sair dessa zona de conforto. 
Não vejo a hora de embarcar o mais rapido possivel.


Jacqueline Moraes


sábado, novembro 10, 2012

Vestido tubinho

Um tubinho clássico é sempre bem-vindo no guarda-roupa, ainda mais em tecidos elegantes como o piquê. Aqui ele ganha uma cara mais sofisticada e pode passear por um coquetel, ou, dependendo dos complementos, ser usado em uma festa. E para as modistas de plantão, passo a passo pra vocês :)



Tamanho: 44

Sugestão de tecido: piquê
• forro: cetim

Metragem:• Tecido – 1,40 m x 1,50 m
• Forro – 1,20 m x 1,50 m


Aviamentos:• um fecho metálico de 60 cm
• 60 cm de entretela

Como cortar:Copie o acabamento inferior. Distribua as peças no tecido e no forro, observando as planilhas de corte. Vestido com 49 cm de comprimento, partir da cintura.

Peças: 32. FRENTE SUPERIOR EXTERNA.
36. FRENTE INFERIOR EXTERNA: corte as peças uma vez com o tecido dobrado na linha do centro.
33. FRENTE SUPERIOR INTERNA: corte uma vez com o forro dobrado na linha do centro.
34. ALÇA DAS COSTAS.
35. COSTAS SUPERIORES: corte as peças quatro vezes no tecido.
37. FUNDO DO BOLSO: copie o fundo menor do bolso a partir da linha marcada. Corte o fundo maior duas vezes no tecido e no menor duas vezes no forro.
38. COSTAS INFERIORES E FRENTE E COSTAS INTERNAS: para as costas, corte duas vezes no tecido e no forro. Para a frente interna, corte a peça uma vez com o forro dobrado na linha do centro.
39. COSTAS SUPERIOR CENTRAL: corte quatro vezes no tecido e duas vezes na entretela.
40. CINTO: corte uma vez no tecido.

Montagem:• Vinque as pregas superiores e inferiores da frente, direito com direito, na direção das setas. Bata as pregas a ferro e prenda com uma costura no trecho marcado, pelo avesso das peças. Alinhave as pregas nas bordas das peças.
• Feche as pences.
• Costure as peças laterais internas na frente superior central.
• Una as alças das costas, direito com direito, com uma costura pelas bordas superiores e inferiores. Revire as alças.
• Una as costas superiores, direito com direito, com uma costura pelas bordas do decote. Revire as peças.
• Junte tecido e forro da frente superior, direito com direito, com uma costura contornando o decote e cavas. Em seguida, introduza as bordas laterais das costas entre as peças da frente e costure. Revire a frente, avesso com avesso.

• Costure o direito do fundo menor do bolso na frente inferior, pelo direito da borda da abertura. Revire o fundo menor para o avesso da frente. Una os fundos menores e maiores do bolso, direito com direito, com uma costura contornando as bordas.
• Costure o acabamento pelo direito da borda inferior da frente externa.
• Prendendo as peças inferiores de tecido e de forro, separadamente, feche as laterais e faça a costura central das costas, deixando livre a abertura superior das costas e outra abertura em uma das costuras laterais do forro.
• Monte as bordas das peças superiores com uma costura pelo direito das peças inferiores de tecido. Junte tecido e forro, direito com direito, com uma costura pelas bordas inferiores.
• Costure o direito das bordas do forro pelo avesso da costura de união das peças superiores e inferiores. Revire o forro para o avesso, vincando a bainha inferior do tecido. Feche a abertura lateral do forro.
• Una as peças externas e internas da peça central das costas com uma costura pelo centro, deixando livre a abertura para a montagem no zíper.
• Una as partes externa e interna das costas central, direito com direito, com uma costura pelas bordas superiores e da abertura, prendendo as folgas do zíper. Revire as peças.
• Embainhe as bordas externas das costas centrais, bata a ferro e alinhave, prendendo as bordas da alça do decote e da alça superior das costas nos lugares marcados.
• Vire as bordas da abertura do centro das costas para o direito. Aplique as bordas embainhadas das costas central com alinhavos pelo direito do centro das costas. Pesponte rente às bordas embainhadas das costas centrais, prendendo-a sobre as peças das costas.
• Cinto: solte sua criatividade com os bordados. #portaldeartesanato.



quinta-feira, outubro 25, 2012

Quebra da rotina ensolarada

Quebra da rotina ensolarada

    E foi inacreditavel acordar sem saber que horas eram, e foi surpreendente descobrir que o ponteiro ja ia bater la pelas 11 da matina, sol escaldante gritava do lado de fora, vire pro lado e vire pro outro nada tira aquele conforto e preguiça de não sair do lugar. 
    Musica vai guiando no que se vestir, o tempo anda tão bipolar qur não é uma tarefa tão simples, apesar que isso não importa a vida não gira ao redor disso. O sol não a deixava em paz, e la no fundo ligou" hello, o que você esta fazendo ai?". Aquele abraço foi o melhor, a sensaçao de calor ate foi embora por segundos. Andar e ver aquele projeto de predios sendo contruidos a fez pensar e refletir, como em dois meses atras era tudo terreno e agora ja estão subindo suas torres, e refletir mais ainda na intensidade daquele novo momento, novo capitulo.
    Agua quente, nao tão quente era o que tinha, ela prefere assim.
    O filme a deixava fluir seus pensamentos, o relogio quase ja bate as duas, o sol ainda estava la forte e ardente, todos indo para o parque alguns a praia, e ela? preferiu outra rotina do sol escaldante.
     Descansar era a intenção.
    Filmes, musicas e risadas, não tinha coisa melhor a se fazer. O dia ideal para relaxar e esqueçer do mundo, e de todos, pensou por um momento o que seria possivel naquele dia, bate o vento em seus cabelos ao olhar de um lado pro lado, eles estavam certos ao pensar que nada mais importaria.
    Ao ritmo do som, ao ritmo do vento do ventilador, ao ritmo dos sentimentos e todos os sentidos. Eles so queriam era se divertirem uns aos outros da forma mais simples possivel.
    Mais um dejavú da noite passada estava aconteçendo - nao lembrava disso ate aconteçer exatamente no  sonho - isso é assustador, de dar calafrios so de pensar e o rock batia de uma parede a outra.
    Tarde quente, noite mais quente ainda, e todas pessoas do lado de fora fazendo as mesmas coisas enquanto sol gritava ao longo da manhã e continuara ate o final da tarde, mas eles queriam mesmo era quebrar a rotina de uma força harmoniosa e divertida, e realmente foi melhor que podia ser esperado. Uma energia surpreendente, uma comunicação inacreditavel.
    Um susto, um pulo do sofá era a voz gritando com aquele raio de chuva de primavera que estava a se surgir, isso não tinha importancia tudo ia continuar na mesma harmonia, faça sol ou faça chuva isso não importa, o que importava era outro motivo o qual se estendeu ate as 7 e pouco da manha, a companhia.
    São pequenos trechos desse capitulo, trechos que não devem ser digitados por aqui e sim escritos, trechos secretos e miteriosos. {...}to be continue

Pagina Virada

    Como as coisas chegaram a esse ponto? Minha vida virada do avesso, e todos meus planos no começo do ano de se casar, entrar numa faculdade de arquitetura e largar a moda, ter ido pro espaço de uma hora pra outra?(Assim como estralar os dedos)  Sei la, mas estou mais que amando essa nova vida de loucuras, afinal que dia mesmo que passei um final de semana inteiro em casa? quer saber eu nem lembro. Mas uma coisa eu sei, sou grata a todos meus amigos que estão escrevendo junto a mim esse novo capítulo.
    Não é uma decisão muito facil você de uma hora pra outra, querer se mudar para outro país. Não é tão facil ainda mais para uma garota. Quis realmente fugir da moda, largar todo esse meu sonho. O destino não quis, voltei para essa area de braços abertos e ver se era realmente era o que quero, e vi: era.
Tem muitas coisas que não deve ser dito por aqui, mais enfim to feliz,  por essa nova etapa que esta se iniciando, e ano que vem não vai ser so um ano de experiencias mas de uma vida totalmente diferente, amadurecimento, independência etc...
    Minha intuição nao falha e ela berra pra mim me jogar em tudo que eu vier a fazer, estou fazendo desde setembro e esta tudo andando nos conformes.
    Não sabia que isso era tão bom, pra que se preocupar tanto com o futuro se com o presente é muito mais facil de se realizar?
    Não estou la aquelas coisas para escrever hoje, afinal praticamente um dia so dormindo em picados, e ja são 00h20 da manha e amanha eu tenho sim que ir trabalha, animação: -0%.

   Fechei com a agencia, to mais anciosa que o normal, a partir de agora esse blog vai ser mais destinado ao intercambio, ate porque aqui vai ser o meio que meus amigos e familia vão poder saber o que esta aconteçendo.




E o melhor jeito de VIVER, é se jogar no mundo sem medo do que te espera. Pra mim uma vida sem loucura não ha nenhum sentido. 
                                                                                                            Jacqueline Moraes

quarta-feira, outubro 17, 2012

Lábios Vermelhos


Andando de skate as 8 da manhã, ou conseguindo acertar a manobra que eu queria e quase não caindo até chegar lá. Foi o que eu não comi no almoço de sábado? Foi uma saudade que eu não tive ou foi trocada por desejo? Foram as perambulações por entre os velhos moveis nas horas vagas antes do sol se pôr? Fui busca-las mal sabendo o que seria da noite.  Eram nove e meia e todos riam, eu a lhe explicar partes da loucura do meu mundo. Rodamos por corredores de arroz, bebida e lixo procurando decidir qual seria a janta. Alguém chacoalhava um flã ou um pudim qualquer, rimos por isso também. Estava decidido; Seria pizza. Alguém quis iogurte, achei graça, tinha alguém entrando efetivamente em minha vida. As mulheres foram ao banheiro, elas sempre vão. Eu me sentia confortável com os amigos naquele lugar, qualquer proposta pareceria irrecusável. A noite cigana me pareceu medíocre em vista de andar sem destino pelas ruas ao lado das almas mais sinceras com as quais eu convivia. O plano era enrolar, perder o ônibus. Nunca gostei de baladas, o barulho, a doação dos corpos sem o devido dialogo das almas, somados à novidade e a distancia, tudo isso me impelia a acomodar-me por ali. Pensando bem eu perdera muito por todo o comodismo. Eu precisava me entregar às novidades, curtir a profundidade sincera de uma boa e valiosa alma, e todas aquelas eu conhecia bem, exceto uma.
  Elas saíram do banheiro - passaram um bom tempo fotografando e sorrindo lá dentro (-). Do lado de fora eu lia a pior espécie de classificados que existe e obviamente ria dos anúncios medíocres.
  Andamos até a pizzaria e após alguma escolha pedimos 3 redondas de um lugar que batizamos de ‘pizza de cremo gema’ devido ao aspecto e ao sabor do pseudo catupiry que eles aplicavam sobre a massa.
  A nova namorada do meu melhor amigo precisou de cigarros, então os dois saíram, um tempo se passou e meu outro amigo e sua respectiva namorada foram na busca dos dois primeiros. Restávamos eu, minha irmã e aquela loira(que havia cortado o próprio cabelo e o colorido num tom quase negro) da qual eu mal podia conter a ansiedade de estar a sós com ela, eu estava doido pra curti-la.
Depois de vinte minutos eu já não sabia se meus amigos demoravam pra achar os cigarros ou se era pra que eu perdesse o ônibus. Pra mim tanto faz – pensei - ... se eu ficar por aqui vai ser difícil me aproximar e curtir aquela garota como eu gostaria. Decidi pegar o ônibus e viver tudo aquilo. A pizza chegara, as garotas ansiosas abriram as caixas, com os dedos a loira tirava uma fatia da de frango. Não havia nojo em tocar sem talheres o alimento, ela era pura classe mastigando sem derrubar aquele esfarelado recheio, não que eu ligasse pra isso, mas gostei de olhar, eu estava gostando de tudo e isso era meio raro. Olhei pro lado, não queria estragar tudo, meus amigos vinham aos pares, um de cada lado da rua.  Serviram-se, comi, todos tinham fome, em menos de vinte minutos tudo não passava de guardanapos e copos sujos empilhados em meio a caixas de papelão vazias.
Por um segundo me lembrei dos meus tempos na pizzaria, empresa da família, naturalmente desgastante com mais o bônus das risadas falsas, criticas descomedidas e redondas gratuitas. Os blues de madrugada e os pães pela manhã faziam a coisa ser suportável, mesmo vivendo sem honorários.
Andávamos de braços dados, despedi-me dos meus tendo a estranha certeza de que aquela noite ficaria marcada em minhas retinas, a alegria e a loucura de tudo aquilo eram mágicas, subimos no ônibus. Ela estava usando uma linda saia preta com uma espécie de terninho por sobre uma regata rosa e sapato de salto, quase caiu ao descer do ônibus, àquela não era a primeira vez e nem seria a mais prazerosa.  Entramos no trem, logo descemos e pegamos outro. Ventava um bocado onde saímos. Eu já estivera lá, era na Vergueiro e um violinista arranhava as cordas fazendo o instrumento miar como um gato fértil, isso não importava, ele não estava lá dessa vez, estávamos do lado (dos números) par(es), atravessamos descendo pela escada rolante que ela mencionou em subir, caímos numa paralela, junto a um terminal de ônibus, enquanto passávamos por ele agarrei sua cintura com firmeza, seu corpo se apertou contra o meu ao transpor o meio-fio. Eu fui inacreditavelmente besta, estava feliz pelos pés de veludo desfilarem suaves e ligeiros ao meu lado. Experimentei suas mãos, agora cobertas de negras luvas, enlaçaram-se às minhas. Haha, que romantismo barato eu assumia!!! De um carro se insinuou um daqueles sujeitos medíocres que precisam expor a potência dos seus alto-falantes para se afirmar e se afogam em bebidas baratas como desculpa para serem completamente autênticos e bizarros. Andávamos intransigentes, impassíveis, eu de terno, colete e chapéu, elas se sublimando deslizavam.
 Damas primeiro;
- nome na lista ou vestido à caráter?
- os dois, qual for mais barato
- Latino até a alma – disse-me entregando o papel com o valor da entrada
- foda-se; teu cú – pensei alto
 Cadastro, revista, que merda! Pra que tanta foda? Burocracia ridícula. Não preciso de arma pra foder alguém. Precisava querer muito vestido assim.
 Cada pedaço de parede era ocupado por recortes de jornal com fotos de atores e artistas mortos ou decadentes e havia um filme em rolo porcamente desenhado e objetos antigos e quebrados com pintura e polimento refeitos. Adjetivos: tranqueira; porcarias; quinquilharias de um sebo vagabundo. Sob a cabine do DJ havia um espelho voltado para a pista. Tinha um palco e cortinas vermelhas escondendo rebuscados candelabros inutilizados. Tudo muito gay e delicado pro meu gosto, desisti de olhar, aquilo me chateava.
 Sentamos numa espécie de palco, voltei meus olhos pra ela, e agora ela estava com a regata e aquele pingente de nota em colcheia pendia para dentro e para fora daquele decote. A musica era ruim mas a casa estava vazia, e eu já sabia o tempo e o tom que conduziriam a nossa noite. Pedi uma cerveja, esperei que trouxessem, bebi com calma olhando quem estivesse por lá. Terminei, me inclinei em seu ouvido e lhe propus algo. Nunca soube dançar e agora aqueles inacreditáveis olhos verdes saltitavam em minha frente. Eu tinha que cuidar dela. Ela me movia.
 No começo meus passos eram puro receio, eu agradecia profundamente por ela ter trocado o chinelo que expunha seus dedos tingidos de vermelho, ela o tinha trocado por um sapato de salto negro aveludado do qual eu só lembrei devido a ridícula estampa de onça que cobria parte do forro interno. O batom vermelho sobre aqueles delicados e firmes lábios me agradava muito mais. Deixem-me dizer que sempre desgostei de maquiagem em geral, sua principal função é mascarar. E eu odeio mascaras, odeio ilusões, coisas que geram sentimentos falsos. Por outro lado aprendi a gostar dos esmaltes de cores solidas, gostava especialmente das mãos disfarçadas de vermelho vivo e gostava ainda mais quando pedaços de realidade eram expostos através das lascas de esmalte faltando. Quem sabe por ter vivido uns Blues eu tinha predileção por azul. O tom usado das unhas era claro e brilhante como tudo que gritava vindo dela.
 Dancei ganhando fôlego e ousando mais em cada musica. Ela me experimentava. Eu não sabia onde pôr os braços, e isso foi mais ou menos quando ela começou a girar. A maneira como nossos olhos se encontravam nos dava segurança e um pouco de certeza. 
 Ela tinha apenas bebericado um drink. Não demorou muito pra que ela caísse após um de seus maravilhosos giros. Um pouco da certeza que me cabia dizia que seu corpo se segurando e apertando conta o meu não eram simples efeito da bebida. Nossos corpos a se encontrar ganhavam força, e seus abraços me ensinaram bem onde eu devia brincar com as mãos, as vezes parávamos numa troca de faixa tentando entender qual era a ligação de uma musica com a outra, tentamos entender o que nos tocaria, tanto faz o que ligava duas beats não tão diferentes, agora fluíamos juntos e leves, não imaginávamos o nosso futuro, apenas curtíamos aquele momento, duas almas flertando, pura e simplesmente através das coisas mais simples e verdadeiras que conheço: gestos, cheiros, sentimentos, a batida dos nossos corações se transformando em passos e se esculpindo em nós mesmos, nossos corpos rindo, tranzavamos através de olhares, como janelas escancaradas externando a doce fúria de nossas sonoras almas.
 Apesar da péssima sobreposição ao longo da quase-sofrível trilha musical nós dois sobreviveríamos a essa noite, sairíamos juntos dela.
Paramos, era justo com nossos músculos. Seus pés doíam devido aos pulos que eu a fizera dar. Descalçou os sapatos, não antes sem irmos ao bar, e ela secou a garrafa num gole só – da mesma maneira como queimávamos nossas almas: numa só noite, de uma só vez. Voltamos à beira do palco caminhando de mãos dadas através da multidão. Mesmo parados eu conseguia ver seu interior fervilhar sem deixar perder o ritmo um instante sequer. Mas esse não era simplesmente o ritmo da musica, aquilo a se agitar freneticamente dentro dela, e a saltar pelo olhar, era simplesmente o ritmo intenso e sublime daquela saborosa alma. Naquele momento percebi que havia achado uma ser capaz de curtir sem sofrer. Alguém que tinha capacidade de olhar pra trás e não morrer de culpa nem orgulho, mas que sempre viveu com a essência das coisas... seu andar tinha substancia, classe, vindo principalmente disso. Era tudo incrível, eu simplesmente precisava daquilo.
A essa altura um tipo alto, meio veado, com uma camisa ridícula e dois talhos na barba que mereciam uma marca de sangue tragava icônica e plasticamente um daqueles finos cigarros light. Garotas desgastadas logo apareceram vestindo caricatos trajes numa tentativa forçosa de representar um cabaré, e bem, aquilo parecia um bordel, todas as coisas desnecessária estavam lá, as putas também. A tentativa de impor um sentimento tão fake sem notar a solida e massiva mediocridade real daquilo tudo. Ao meu lado a moça se comportava como um gato: impassível, curioso, intransigente; enquanto a plasticidade do caráter humano se deflagrava diante de nós. A pornochanchada se movia em direção ao balcão, escapando-me aos olhos, enfim alivio. E ela, ao meu lado esticava o pescoço, apontando o queixo para os espaços vagos entre as cabeças amontoadas, erguia-se na ponta dos pés. Passei o par de sapatos para a mesma mão que segurava a bebida, abaixei e lhe envolvi as coxas com o braço livre, ergui. Era firme, leve, cheirosa, o peito se apertando contra a minha cara. Era isso. Foi muito mais. Eu precisava daquela boca. Agora eu desejava inversamente que a patifaria demorasse a terminar. Não demorou mais dois minutos. Tive que solta-la... eu nunca quis.
Fomos pro bar, minha irmã se sentou de costa pra nós, algo acontecia no palco novamente, ela pisou com um pé no descanso do banco da minha irmã, apoiou-se com as mãos no balcão debruçando-se para trás, eu estava perto, muito perto, seu braço me enredava no pescoço, escorava aquele perfeito quadril em meu peito. Aquilo me fisgou, acho que foi isso, dizem que um peixe fisgado perde um pouco o sentido. Dessa vez durou mais que dois minutos. Eu gostei (se fosse justo usar esse verbo do passado pra descrever algo que ainda estou sentindo) dela. Estava tudo espetacular, àquele abraço fez valer a noite. Foi confortante, a força dela não conflitava com a minha, toda energia se casava. Eu precisava ser completamente sincero, mesmo no turbilhão confuso de tudo que eu sentia... de todas essas novidades pelas quais eu não esperei, mesmo há anos por mim desejada... no fundo você se prepara e faz planos mas nunca sabe ao certo exatamente como agir. Fui sincero mesmo com toda a complexidade que é externar sentimentos em palavras e gestos. Ela também tinha algo a dizer; nos beijamos.
A força daquilo tudo não acabava, ela me surpreendia de novo, deixava claro a magia do incomum. As coisas aconteceram e fomos pra onde não esperávamos. Contei um pouco da insanidade que reside em mim, ela também tinha as dela, olhávamos no fundo dos olhos mal acreditando no que acontecia, sentamos na calçada pra compartilhar a inocência e as vagas, mas fundamentais, percepções de nossas almas. Conversamos por horas entre as folhas e o asfalto que irão ficar marcados em mim. O tempo fugia mas nós insistíamos em dançar a vida naquele ritmo alucinado, sentíamo-nos  bem, aliviados. As palavras são sempre poucas pra explicar tanto sentimento, tanta coisa. 

 "De volta ao Outono - Jacqueline Moraes"