1. Pesquisa
As marcas já estão pensando, hoje, no inverno de 2013. Para acertar o que vai rolar lá na frente, é preciso investir em pesquisa. A grife paga para seus estilistas viajarem mundo afora - seja para grandes centros lançadores de moda, como Berlim e Londres, seja para lugares que possibilitem inspiração mais original, como países asiáticos. Também se paga até R$ 40 mil por assinaturas de bureaus de estilo (que coletam tendências).
2. Desenvolvimento
Em algumas marcas, o processo de produção é quase artesanal. Os estilistas costumam pleitear estampas exclusivas - e para chegar ao resultado desejado de cores e definição, pode ser necessário "reimprimir" a tal estampa até cinco vezes. Depois, vem os tecidos. Quanto mais nobres, pior para seu bolso. Uma conta simples: em um vestido, podem ser usados mais de cinco metros de fábrica. Se o metro de uma seda pura custa em torno de R$ 98... são R$ 490 só aí!
3. Peças-Piloto
Às vezes, é preciso produzir até oito peças-piloto para chegar ao modelo final. No caso dos jeans, é fundamental que se adaptem ao corpo das brasileiras, por exemplo. Esse custo tem de ser diluído no preço das roupas que serão vendidas na loja.
4. Acabamento
Bordados artesanais, feitos um a um, por costureiras experientes. Aviamentos exclusivos, como botões e etiquetas. Lavagens manuais, com efeitos de desbotar, lixar, desgastar. Técnicas exclusivas diminuem a capacidade de produção de uma marca. E aí, não tem jeito: quanto menos peças chegam às lojas, maior a exclusividade e, evidentemente, o preço.
5. Precificação
Definir quantas peças serão produzidas é um fator-chave para calcular o valor final. Nas grandes redes varejistas, as negociações com os fornecedores são muito mais competitivas e as matérias-primas chegam a custar cinco vezes menos.
6// Marketing
Enquanto a coleção está sendo elaborada, há uma equipe pensando exclusivamente em vendê-la. Ela tem de captar o conceito das roupas e transformá-lo em um desfile impactante, vitrines de sonho, campanhas para a web e para revistas, catálogos incríveis e luxuosos... Coloque aí na conta fotógrafo, filmmaker, stylist, maquiadores, modelos ou grandes celebridades. Contratos publicitários com gente como Gisele Bündchen ou Ashton Kutcher não saem por menos que cifras de sete dígitos. Sabe quem paga a conta? Acertou: você!
Ok, mas por que no exterior as roupas chegam a custar três vezes menos?
// As marcas americanas e europeias terceirizam a produção em países como China, Japão, Hong Kong e Indonésia, onde a mão de obra é extremamente barata e a energia elétrica subsidiada pelo governo.
// A margem de lucro de empresas nacionais pode chegar a 100%. Em países desenvolvidos, não passa de 10% a 20%.
// No resto do mundo, é comum haver um único imposto que incide sobre o consumo. No Brasil são seis impostos: IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF e Cofins. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: paga-se imposto sobre o imposto que já havia sido cobrado. Cerca de 38% do valor pago no seu jeans incrível vai para o governo.
Ok, mas por que no exterior as roupas chegam a custar três vezes menos?
// As marcas americanas e europeias terceirizam a produção em países como China, Japão, Hong Kong e Indonésia, onde a mão de obra é extremamente barata e a energia elétrica subsidiada pelo governo.
// A margem de lucro de empresas nacionais pode chegar a 100%. Em países desenvolvidos, não passa de 10% a 20%.
// No resto do mundo, é comum haver um único imposto que incide sobre o consumo. No Brasil são seis impostos: IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF e Cofins. O ICMS, por exemplo, incide sobre o Cofins e o PIS. Ou seja: paga-se imposto sobre o imposto que já havia sido cobrado. Cerca de 38% do valor pago no seu jeans incrível vai para o governo.
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