No começo da semana, resolvi apagar a minha conta num do mais cobiçado rede social da Internet: o tal do Facebook. Cheguei ao meu limite quando, senti que minha alma estava sendo fragmentada pelo superficial contato virtual. Percebi então, o descuido com minha alma.
Nos tornamos seres líquidos em que, sentimentos estão sendo substituídos por máquinas.
Pessoas solitárias tendem a se expor cada vez mais suas intimidades nas redes sociais, pelo simples desejo inconsciente da aceitação - interpessoal.
Sou antiga, valorizo o contato visual. Por trás da tela, as pessoas supostamente "te adoram", mas quando você as encontram, se permitem que suas almas sejam trocas por símbolos e códigos atrás da tecnologia - consequentemente se tornam outras. Não aguento mais isso, durante os 30 minutos que ativei a minha conta, percebi como todos estão desesperados - como animais em caça em busca de seu sustento- por aquilo que não as pertence mais; o amor.
Agora desliguei-me. Sinto a paz penetrando em meus pulmões. E também, o cheiro da cidade e da chuva lá fora.
Refugi desse monopólio de extrema “felicidade”. Deixamos de viver a nossa vida, para casualmente verificar dos nossos contatos na timeline. Mesmo que um dia deixarei me levar por tudo isso novamente. Mas por hoje, chega!Vá apreciar uma xícara de café, mas longe..longe daqui!
Jacqueline Moraes (24/09/14)
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