terça-feira, abril 22, 2014

Só por hoje

E hoje, só quero sentir seu cheiro e sua pele.
Só por hoje,
primeiro e único dia.
 
A saudade,
aperta meu peito.
          
É como se já tivéssemos,
vivido juntos em outra vida, talvez.
Fico tremula e agitada.
 
Não é normal,
apenar isso.
 
É cedo para dizer,
Je t'aime
Só hoje.
 
Jacqueline Moraes

 

domingo, abril 20, 2014

Coffe

 
Bernardo, um homem diferente dos outros. Cansou-se das pessoas, do superficial e da hipocrisia das pessoas. Não é fácil viver nesse século, tem que ser muito forte.
O suficiente, para aguentar as dores da vida e toda a chicotada das pessoas, de suas palavras e gestos sem valor algum. Ele olhava pela janela de seu condomínio, o qual, tinha-lhe pagar quase seu salario inteiro, por segurança, por conforto, com alguém superficial, que por sua vez, tornou-se a sociedade.
Eu o conheci, num café da  minha livraria preferida, onde eu costumo inclusive, ficar horas e horas vagando pelas pilhas de livros, meu refugio.
Não foi por acaso, quando ouvi seu sotaque, era Italiano. Me pediu ajuda, era novo na cidade. Veio inclusive, em busca de sua espiritualidade. Me contou um pouco de sua historia, quando há 3 meses pegou o primeiro voo para São Paulo, foi um sorteio onde colocou em uma caixa, todos os destino que  ele queria morar e visitar antes de morrer, São Paulo foi a escolhida.

" Meu senhor,
help me nessa nova jornada,
Brasil, oh Brasil!
Terra das palmeiras onde canta o sabiá.
Escutei essa frase, no aeroporto.
Duas meninas, jovens e lindas
recitavam esse poema.
Não entendi muitas palavras,
estou tendo dificuldade com o Português"

Ficamos conversando, por horas e horas.
Eu lhe fiz muitas perguntas, como uma jornalista. Bom, é a minha profissão. Só que, mais do que isso,  suas historias me deixaram curiosa. Perdi a noção do tempo, eu estava apaixonada, pela sua alma.
Confesso, não me apaixono tão fácil. Inclusive, eu tinha me esquecido como era isso. Cavalheiro, gentil, perfumado e seus olhos, ah os seus olhos.

continue...

Jacqueline Moraes

sábado, abril 12, 2014

Polinésia Francesa

Como fica no meio do nada, não é muito fácil chegar à Polinésia Francesa. A opção para quem sai de São Paulo é ir pelo Chile, e fazer uma parada na Ilha de Páscoa. Há também a opção, mais demorada e custosa, de ir pela Europa.

Uma vez chegando lá, tudo é bem organizado. Para quem tem e quer gastar dinheiro, tudo é fácil nas ilhas. Quase todas possuem aeroportos, ligados por vôos diários da Air Tahiti. Há ainda a opção dos "ferryboats" (balsas) ou dos veleiros que fazem cruzeiros pela região.

Com relação à acomodação, há desde a possibilidade de se instalar na casa de nativos até ficar em hotéis que chegam a cobrar US$ 800 por dia, sem café da manhã. É fácil alugar carros, achar telefones e, mais do que tudo, na maioria das ilhas é fácil achar sossego e silêncio.

Nas praias, você com certeza não vai ser importunado. Não há crianças pedindo dinheiro ou camelôs oferecendo quinquilharias ou comida. Também não há perigo de ratos de praia.

Índices de violência simplesmente não existem. Nessa época globalizada, até nesse paraíso isolado é possível assistir a TVs pagas, ver notícias via CNN ou seriados via Sony.

Mas esqueça tudo isso. O maior prazer de qualquer visitante é ficar longe da televisão e poder ver da janela de seu quarto, ou da areia da praia, as cores que enfeitiçaram o pintor Gauguin.
Mias informações sobre o arquipélago, Clique aqui.



quarta-feira, abril 02, 2014

Molestia

E assim continuo
vagando por imprestáveis almas.
Cruas e vazias,
cadê o humanismo?
Ate onde continuaremos,
sendo um fragmento egoísta
e assim, medíocre.

Meus olhos enchem de lágrimas,
quando me vem a palavra " África" na cabeça....
quase um sinônimo socioeconômico 

de  pobreza, da indigência e do desamparo.
Admiro do fundo do meu coração
ricos de espíritos; que são capazes de
enterrar sua vaidade e seus orgulhosos insípido.

Que são absolutamente capazes
de se modificarem a si mesmo e
doar compaixão ao próximo.
Desejo do fundo da minha alma,
ajudar os miseráveis e aos sórdidos.
Não estou dizendo sobre o dinheiro,
mas sobre a verdadeira significância de ser Humano.

Não quero deixar minha essência
ser corrompida pelos pedaços e fragmentos;
da ignorância, da alienação e da ganância.
Isso não se cabe apenas em países desenvolvidos,
inclusive vejo em meu dia a dia exemplos concretos
dessa voracidade e luxúria pela possessão
ao extraordinário "poder" de nosso companheiro.

Gosto de discutir sobre a politica,
e também sobre a formação de interpretes.
Tenho a certeza absoluta que todos já foram
vítimas desse contexto, pelo bem ou pela agressão.
                             
                             Jacqueline Moraes

terça-feira, abril 01, 2014

Como uma singela melodia

Seus olhos se cruzaram com os meus
sem nada planejado,
senti o sinal do Adeus.

Sua voz soava como uma singela melodia
senti a vibração de sua alma,
talvez seja covardia.

Ah, se eu soubesse
Que essa paixão me despertaria,
me mantivesse.

Nossos olhos se cruzaram,
na guerra da civilização
onde o prédios ruinados estiveram.

Não me leva a mal,
Sei que isso não vai passar
Um desejo descontrolado e anormal.

                                                             Jacqueline Moraes